sexta-feira, 13 de maio de 2011

A TEMPORARIEDADE E O PENDULO





Amados fraters e soros de caminhada, o que e temporariedade, senão a propria razão do tempo, tempo este que e marcado pelo relogio cosmico, que domina o nosso karmar e o nosso dharma. As vezes nos pegamos em momentos da vida em que parece que tudo esta maravilhoso porém no momento seguinte tudo cai por terra, e isto e a temporariedade tudo na vida esta em constante movimento, e a razão do sofrimento e a não compreenção deste fato, o homem e escravo de sua tendencia a querer que tudo seja imutavel, sempre vivendo no passado ou no futuro e raramente no presente.
No tibet os monjes passam meses preparando uma mandala de areia para depois de pronta eles abrirem a porta do mosteiro para que o vento a desmanche isto mostra a inconsistencia das coisas e sua mobilidade perante o tempo, porém o que foi destruido foi a mandala porem a areia que a fez ainda e areia.
Agora nos podemos retardar o movimento do pendulo, com a pratica dos rituais de dharma com o auxilio ao proximo mas sem interferir no seu caminho, para tal eu sugiro ritual do pilar mediano.


  1. Posicione-se de frente para o Poente (oeste). Abra seus braços plenamente, de modo que fiquem permendiculares ao corpo, formando uma cruz.
  2. Ao norte (direita), visualize Jakim, o Pilar Negro da Severidade. Ao sul (esquerda), visualize Boar, o Pilar Branco da Misericórdia. Assuma a si mesmo como o Pilar Central do Equilíbrio.
  3. Perceba por sobre você o brilho de puro branco da Luz, a luz de Ain Soph Aur, descendendo de uma esfera localizada acima de sua cabeça.
  4. Faça com que esta Luz tome a forma de uma esfera no topo de sua cabeça. Vibre, fortemente: "EHEIEH" ("Eu sou").
  5. Faça com que a esfera de Luz desça até sua garganta, em Daath. Vibre: "YHVH ELOHIM" ("Eu sou o poder de Deus").
  6. Faça com que a esfera de Luz desça até seu coração, em Tiphareth. Vibre: "YHVH ELOAH VE-DAATH" ("Eu sou o senhor do conhecimento").
  7. Faça com que a esfera de Luz desça até a genitália, em Yesod. Vibre: "SHADAI EL-CHAI" ("Senhor da Vida").
  8. Faça com que a esfera de Luz desça até sua base, e de lá para o chão, em Malkuth, ganhando densidade à medida que desce mais e mais. Vibre: "ADNI HA-ARETZ" ("Senhor da Terra").
    A Luz agora circunda todo o seu corpo. Deixe que ela volte ao centro, em seu coração, onde deve estabelecer-se em plenitude.

"A VERDADEIRA FELICIDADE CONSITE NO NÃO DESEJO, POIS DESEJAR E SOFRER, QUANDO SE SATIFAZ O DESEJO ENCONTRA A FELICIDADE, MAS SE NÃO DESEJAR SO RESTARA A FELICIDADE" BODIDHARMA sec. V.

Frat. AL.'.
Solve et Coagula.'.

domingo, 8 de maio de 2011

O EXEMPLO SEMPRE FALA MAIS ALTO




As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial
nos degraus da escada de pedra que levavam aos porões
do velho convento.

Era naquele local que vivia um homem muito sábio. O
jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e
demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca
luminosidade.

Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de
uma enorme escrivaninha, tendo um capuz a lhe cobrir
parte do rosto. De forma estranha, apesar do escuro,
ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto
ele.

O discípulo se aproximou com respeito e perguntou,
ansioso pela resposta:

- Mestre, qual o sentido da vida?

O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou
um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à
parede. Depois apontou seu indicador magro para o
alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias
de aranha.

Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu
em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada
de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a
esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia
a transparência.

O sol inundou o aposento e iluminou com sua luz
estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de
papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.

Cheio de alegria, o jovem declarou:

- Entendi, mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo
que não permita o nosso aprendizado. Buscar retirar o
pó dos preconceitos e as teias das opiniões que
impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então
poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.

Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de
comunicar aos seus amigos o que aprendera.

O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto
pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a
invadir o quarto com uma claridade a que se
desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu
levemente e falou:

- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o
que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele
colocasse o pano no lugar de onde caiu.